quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Palestra na Santa Casa Saúde de Piracicaba

Dia 21/10/2010 às 19:00
"Potencializando Capacidades das Crianças com Mielomeningocele - Reabilitação Motora e Uroginecológica"
Prof. Dr. Carlos Alberto Fornasari
Profa. Ms. Daniela Garbelini
Ft. Mariana Piacentini Spagnol

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Novo Dicionário Brasileiro de Urologia





Com 136 páginas e impresso no formato pocket (10,5 cm x 15 cm), o Novo Dicionário Brasileiro de Urologia chega para suprir esta lacuna na especialidade e para auxiliar médicos de todas as especialidades no dia a dia clínico e científico.

Diabetes: Níveis de açúcar no sangue podem ser aumentados por adoçantes artificiais

Os alimentos cujos rótulos indicam "sem açúcar", teoricamente, não teriam nenhum efeito sobre os níveis de açúcar no sangue. Será? A maioria dos adoçantes artificiais a base de sacarina, aspartame e sucralose, oferece a doçura do açúcar, mas sem as elevadas calorias. Como eles não contêm carboidratos, não produzem nenhum efeito sobre o nível de açúcar no sangue.

Contudo, esses adoçantes às vezes estão presentes em produtos diets ou "sem açúcar" como outro substituto de açúcar, os álcoois. Os álcoois de açúcar recebem este nome, pois se parece com um cruzamento entre uma molécula de álcool e açúcar, mas tecnicamente não são nenhum dois.

Esses alcoóis são utilizados em produtos "sem açúcar", como biscoitos, chicletes, balas e chocolate. Para quem está tentando controlar o nível de açúcar no sangue, como os diabéticos, isso pode tornar a interpretação dos rótulos uma tarefa árdua.

Embora os álcoois de açúcar forneçam menos calorias do que o açúcar comum (em geral, cerca de 1,5 a 3 calorias por grama, em comparação a 4 calorias por grama de açúcar) eles ainda podem elevar, ainda que moderadamente, o nível de açúcar no sangue.

Uma forma de contabilizá-los é contar metade das gramas de álcoois de açúcar num produto como carboidratos, já que aproximadamente metade do conteúdo de álcool de açúcar é de fato digerido.

Os álcoois de açúcar podem ser identificados numa lista de ingredientes de um rótulo buscando palavras que terminam em "ol", como sorbitol, maltitol e xilitol. Em alimentos cujos rótulos indicam que o produto não contém açúcar, a quantidade exata de álcool de açúcar deve ser listada separadamente nas informações nutricionais.

Fonte: The New York Times

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Síndrome do Intestino Irritável


A gastroenterite pode ativar os sintomas da síndrome do intestino irritável (SII) em pessoas sem história prévia da síndrome, mas que têm tendência à ansiedade e à depressão e cultivam altas expectativas de desempenho, muitas vezes irrealistas, por exemplo, são perfeccionistas e apresentam em suas atividades do dia-adia um padrão de comportamento do tipo tudo ou nada. 

A observação vem de um estudo prospectivo com 620 pacientes com gastroenterite, infectados pela bactéria Campylobacter, o qual foi realizado pelas pesquisadoras Meagan Spence, da Universidade de Auckland, Nova Zelândia, e Rona Moss- Morris, da Universidade de Southampton, Reino Unido, e publicado em fevereiro no jornal Gut. Para compreender a relação da SII com o humor, os fatores de personalidade, o comportamento e, ainda, a maneira de lidar com a doença e seus sintomas, as pesquisadoras selecionaram pacientes que não tinham história prévia da síndrome nem outra doença intestinal.

Eles foram convidados a responder a um questionário que incluía medidas- padrão a respeito de humor, percepção do estresse, perfeccionismo, sentimentos negativos em relação a doenças em geral, entre outras sensações. O principal objetivo do questionário era identificar atitudes de risco capazes de determinar a emergência da SII em um período de seis meses após a infecção. O diagnóstico da SII seguiu os critérios previstos no consenso Roma I e II, uma vez que o estudo é anterior aos critérios do Roma III, definidos em meados de 2006. A SII é uma das disfunções intestinais mais freqüentes.

Estima-se que 10% a 15% da população adulta no Ocidente apresente o problema. O paciente com a síndrome não produz os movimentos peristálticos normais do intestino, o que leva a eliminação desregulada das fezes. Os principais sintomas são dor ou desconforto abdominal, distensão abdominal e sensação de estufamento, alternância entre períodos de diarréia e constipação, flatulência, sensação de evacuação incompleta e fezes de pequeno volume.

Não há testes que detectem a SII, portanto o diagnóstico se dá por exclusão. Até hoje nenhum medicamento teve sua efi cácia comprovada no tratamento da SII. Cuidados com a alimentação são indispensáveis sempre e o uso de remédios só é recomendado em algumas fases da doença. Em alguns casos, o uso de antidepressivos é indicado, visto que a síndrome está relacionada a fatores psicológicos. 

"Não há uma causa que explique adequadamente os sintomas da SII, e a ausência de um entendimento estrutural da patologia tem polarizado o debate etiológico sobre a SII em torno de uma cisão entre corpo e mente", observam as autoras do estudo publicado no Gut. Mas já se reconhece, nos últimos anos, a necessidade de usar um modelo que integre os fatores biológicos e psicológicos para explicar a heterogeneidade das características dessa condição.

O intestino é considerado um segundo cérebro por ter um sistema nervoso próprio com uma rede de 1 bilhão de neurônios e ser responsável por 95% da serotonina produzida no corpo humano. É a serotonina que ajuda a regular a motilidade do intestino. Isso explica a relação estreita entre ansiedade, estresse e somatização que é associada com essa síndrome, diz Flavio Steinwurz, atual presidente da Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD) e governador do Colégio Americano de Gastroenterologia, além de médico do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein (Hiae). 

"Até seis anos atrás, a SII era tida como algo de origem puramente emocional, mas descobriu-se que indivíduos com a doença apresentavam baixos níveis de serotonina e que medicamentos que regularizavam a quantidade desse hormônio no intestino melhoravam seus sintomas", diz o Dr. Steinwurz. "Até hoje não se sabe se os baixos índices de serotonina provêm de causa psicológica e interferem na harmonia do movimento peristáltico ou se é a falta de regulação da motilidade que causa a falha na produção do hormônio e, em conseqüência, esses efeitos psicológicos nos pacientes", ressalta.


Fonte:
Spence MJ, Moss-Morris R. The cognitive behavioural
model of irritable bowel syndrome: a prospective
investigation of gastroenteritis patients. Gut. Published
Online First: 26 February 2007.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Fita de Treinamento Suspenso

O QUE É A FTS? São fitas de náilon reguláveis com manoplas para as mãos e apoios para os pés que permitem que você realize diversos exercícios e mexa todos os músculos do corpo.
Baseado no treinamento funcional, a FTS é um equipamento que desafia a lei da gravidade, pois, é possível trabalhar com o corpo, parcial ou totalmente suspenso na execução dos movimentos. Seu uso proporciona ganhos de força, equilíbrio e flexibilidade em um mesmo treino, além de ser divertido, rápido e eficiente.

Objetivos e benefícios do treinamento com a FTS:

- Trabalho muscular completo;
- Desenvolvimento de força, equilíbrio e flexibilidade;
- Melhora da coordenação motora;
- Previne e reabilita lesões;
- Preparação básica para demais atividades;
- Grande gasto energético (cerca de 350 cal em 30 minutos de atividade).

ESTE É MAIS UM EQUIPAMENTO QUE TEMOS A DISPOSIÇÃO PARA MELHORARMOS AINDA MAIS NOSSOS ATENDIMENTOS..

Clínica Nutri&Fisio

Mulheres na pós-menopausa têm mais distúrbios de sono

Após a menopausa, as mulheres têm mais chances de sofrer de insônia ou de roncar, segundo um estudo do Instituto do Sono de São Paulo que avaliou 931 mulheres de 50 a 65 anos. As voluntárias responderam a um questionário e passaram por polissonografia (exame para diagnosticar distúrbios do sono). 

Entre as que estavam na pré-menopausa, a proporção de queixas de ronco e de apneia foi de 68,8% e 28,9%. Já nas mulheres na pós-menopausa, 81,9% diziam roncar e 37,4%, ter apneia. As queixas foram confirmadas no exame. 

A pesquisa também constatou que mulheres que estão na pré-menopausa e têm ciclo menstrual irregular têm duas vezes mais risco de sofrer de insônia do que as que tem ciclo menstrual regular. "Supomos que as oscilações hormonais interfiram no sono", diz a ginecologista Helena Hashul, responsável pelo ambulatório de distúrbios do sono no climatério da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). 

Estudos realizados anteriormente também apontaram risco de insônia 50% maior entre mulheres na pós-menopausa. "Além dos sintomas clássicos (como mudança de humor e fogachos), existe um contexto social, como as preocupações com a aposentadoria, que influenciam bastante no sono", acrescenta. 

Fazer uso da higiene do sono pode ajudar essas pacientes a descansar melhor. É indicado dormir sempre no mesmo horário em quarto silencioso e escuro, evitar ver TV ou ler na cama, fazer exercícios longe da hora de dormir e não ingerir bebidas estimulantes à noite. Hashul coordena pesquisas na Unifesp com uso de terapias alternativas, como massagem, fisioterapia, ioga e acupuntura, que também melhoram o repouso de pacientes na menopausa. Resultados parciais dos estudos mostram que a massagem favorece o estágio mais profundo do sono, reduz estresse e ansiedade. A acupuntura realizada durante cinco semanas também aumentou a qualidade do descanso noturno.

* TEXTO RETIRADO DO JORNAL A FOLHA DE SÃO PAULO

Bom Apetite


Fundamental para o desenvolvimento infantil, a nutrição tem ainda maior importância quando a criança é portadora de condições especiais. Alguns males, como a mielomeningocele e a paralisia cerebral, têm reflexos sobre o organismo e por isso exigem uma dieta adequada. 

Outras doenças são, elas próprias, uma conseqüência da dificuldade de absorver determinados alimentos, como a fenilcetonúria. "Há doenças que levam, por exemplo, à situação de obesidade, e outras que são do grupo de erros inatos do metabolismo", diz a geneticista Chong Ae Kim, responsável pela Unidade de Genética do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo.

A fenilcetonúria é um erro inato do metabolismo.De origem genética, ela ocorre em média em um a cada 12 mil nascimentos, e é detectável no teste do pezinho, feito no recém-nascido. Trata-se da incapacidade do organismo de transformar o aminoácido fenilalanina em tirosina. E a fenilalanina pode lesionar o cérebro se sua ingestão não for suspensa até o primeiro mês de vida. 

O problema: está presente em quase todos os grupos de alimentos. Sem proteínas "Como os alimentos mais ricos em proteínas têm mais fenilalanina, é preciso excluir da dieta carne, leite e derivados, ovos, leguminosas (como feijão, lentilha e grão-de-bico), cereais (como trigo e aveia), sem esquecer os produtos industrializados", enumera a nutricionista Beatriz Jurkiewicz Frangipani, responsável pelo ambulatório de fenilcetonúria da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo, a APAE-SP. 

Os portadores, portanto, devem se limitar a comer frutas (em quantidade moderada), verduras, arroz e alguns produtos especiais, como o macarrão e as farinhas pobres em proteínas. Como é preciso repor nutrientes excluídos juntamente com a proteína, recomenda-se o consumo de um composto de aminoácidos enriquecido com vitaminas e minerais. 

De origens diferentes, a mielomeningocele e a paralisia cerebral também têm reflexos na dieta das crianças portadoras. "Uma característica da mielo é a tendência à obesidade", diz Cláudia Gonçalvez, nutricionista da Associação de Apoio à Criança Deficiente, de São Paulo. "Um dos motivos é a falta do controle de saciedade dos portadores, que não se sabe exatamente o porquê. Mas também contribui para o aumento de peso o menor gasto de energia, por causa da falta de movimento dos membros inferiores", explica a especialista. 

A mielo é conseqüência da falta de fechamento do tubo neural do feto e tem graus variáveis, podendo comprometer todos os membros ou apenas os inferiores."Outra particularidade é que 90% dos portadores sofrem de constipação intestinal, pois a falta de enervação no ventre dificulta o funcionamento do intestino", esclarece Cláudia. Portanto, a alimentação deve ser balanceada, incluindo saladas e vegetais ricos em fibras, que favoreçam a atividade intestinal. "É preciso também ingerir muita água, de 1 litro a 1 litro e meio por dia", aconselha a nutricionista. 

Com proteínas 
Já as paralisias cerebrais – por lesões ocorridas na gestação, no parto ou nos primeiros meses de vida, que afetam áreas do cérebro, causando problemas motores que vão de movimentos involuntários a paraplegia e tetraplegia – exigem atenção principalmente com a consistência dos alimentos. "Segundo o comprometimento dos movimentos, a criança pode ter dificuldade para mastigar e engolir. Então, é preciso adequar a refeição à necessidade dela: amassando, passando pela peneira ou liquidificando, para facilitar a ingestão até com canudo, se for o caso", orienta Cláudia. 

Mas deve-se considerar também o alto gasto energético das crianças com paralisia cerebral, pois embora possam ter os movimentos das pernas ou dos braços reduzidos, elas costumam sofrer de rigidez muscular ou movimentação involuntária. "Na dieta dessas crianças é necessário prestar atenção ao fornecimento de carboidratos (arroz, macarrão, batata) e de proteínas (carnes e ovos), que favorecem a formação muscular", ensina a nutricionista. 

A professora Silvia Helena Magalhães toma esses cuidados com a alimentação do filho Matheus, de 5 anos, portador de paralisia cerebral. "Além dos cuidados gerais para balancear a dieta, invento formas de fazê-lo comer vários tipos de carne para fortalecer a musculatura, pois ele sofre de espasmos musculares", diz. 

O bom é que ela não precisa regular o sorvete. "Ele adora e, como é meio magrelo, eu libero com mais freqüência", conta a mãe. Comendo por dois A nutrição correta na gestação é fundamental para a grávida e seu bebê, podendo evitar algumas doenças. O melhor exemplo é o da mielomeningocele, causada pelo fechamento inadequado do tubo neural (que envolve a medula vertebral) durante a gravidez. 

A prevenção do problema está diretamente relacionada à ingestão, nos primeiros meses da gestação, do ácido fólico, presente em verduras como brócolis, couve-flor, couve-de-bruxelas, e frutas como caju e laranja. A deficiência na ingestão, no entanto, levou a AACD – que nos últimos cinco anos atendeu a 2.600 novos casos – a liderar uma campanha pela obrigação de sua inclusão nas farinhas vendidas no Brasil. A obrigatoriedade está em vigor desde junho e deve ser fiscalizada pelo governo, mas a AACD criou um selo para identificar os produtos que cumprem a norma.

* TEXTO RETIRADO DA REVISTA CRESCER

terça-feira, 27 de julho de 2010

SAÚDE: Estudos indicam riscos a saúde por dormir pouco ou demais

Não é só a falta de sono que pode provocar problemas de saúde, mas também dormir demais, segundo uma pesquisa realizada pela University of Warwick e pela University College London, ambas na Grã-Bretanha.

O estudo examinou o padrão de sono e as taxas de mortalidade de 10.308 funcionários públicos britânicos.

Eles descobriram que aqueles que diminuíram as horas de sono durante a noite de sete para cinco horas, tinham dobrado o risco de sofrer um problema cardiovascular fatal em relação aos que mantiveram uma rotina de dormir sete horas por noite.

O risco dos que reduziram o sono foi semelhante ao dos que aumentaram o período de sono para ao menos oito horas diárias.

A pesquisa, que deverá ser apresentada durante um encontro da Sociedade Britânica de Estudos do Sono, foi baseada em dados coletados entre 1985 e 1988 e novamente entre 1992 e 1993.

Os pesquisadores levaram em consideração possíveis fatores como idade, sexo, estado civil, grau de emprego, tabagismo e atividades físicas.

Eles consideraram esses fatores para isolar o efeito que as mudanças em padrões de sono em um período de cinco anos tiveram sobre as taxas de mortalidade entre 11 e 17 anos depois.

Entre os que diminuíram o número de horas de sono, o número de problemas cardiovasculares fatais dobrou, enquanto o risco de morte em geral aumentou 1,7 vez. "Menos horas de sono e maiores níveis de distúrbios de sono se tornaram comuns nas sociedades industrializadas", afirma o pesquisador Francesco Cappuccio.

"Esta mudança, em larga escala resultado da redução de sono para criar mais tempo para o lazer e para o trabalho em turnos, significou que os relatos de fadiga, cansaço e sono excessivo durante o dia são mais comuns do que há poucas décadas", diz o pesquisador.
Segundo ele, "o sono representa o processo diário de restituição e recuperação biológica, e a falta de sono tem efeitos de longo alcance".

Curiosamente, porém, os pesquisadores também descobriram que os indivíduos que aumentaram seu período de sono para oito horas ou mais por noite aumentavam em duas vezes ou mais a chance de morrer em relação aos que não haviam mudado seus hábitos.

Cappuccio disse que a falta de sono havia sido ligada a um risco de aumento no ganho de peso, pressão alta e diabetes do tipo 2.

Porém ele disse que a ligação entre muito sono e problemas de saúde é menos clara, apesar de sugerir que a permanência na cama por períodos longos poderia ser um sinal de problemas como depressão ou, em alguns casos, a fadiga relacionada ao câncer.

"Nossas descobertas indicam que dormir consistentemente cerca de sete horas por noite é o melhor para a saúde, e uma redução sustentada pode predispor a problemas de saúde", diz o pesquisador.

Para Neil Stanley, especialista em sono do Hospital Universitário de Norwich e Norfolk, o estudo comprova a importância de dormir o número necessário de horas para manter a boa saúde.

Ele adverte, porém, que a necessidade de sono é "como a altura ou o tamanho do sapato: cada um tem o seu".

* Texto retirado do site Segmento Farma

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Estudo compara saúde de atletas e sedentárias


As atividades físicas regulares e a prática de esportes de alta intensidade melhoram a qualidade de vida e diminuem os sintomas de depressão entre mulheres com mais de 60 anos. Essa é a principal conclusão de um estudo realizado por pesquisadores do departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e publicado na última edição do São Paulo Medical Journal. 

Os pesquisadores aplicaram questionários sobre a qualidade de vida de dois grupos de mulheres acima dos 60 anos. Um deles era formado pelas 16 mulheres dessa faixa etária que completaram os 15 quilômetros da corrida de São Silvestre - tradicional prova de atletismo realizada no último dia do ano na capital paulista. 

O outro grupo reunia 15 mulheres saudáveis, mas sedentárias. As atletas mostraram melhores índices de qualidade de vida em todos os critérios avaliados, segundo Luiz Eugênio Garcez-Leme, um dos pesquisadores. "Sabemos que a caminhada, por exemplo, traz benefícios para pessoas dessa idade. Mas havia muitas dúvidas a respeito de atividades mais intensas, como corridas de média ou longa distância", disse à Agência FAPESP. 

O estudo mostrou diferenças consideráveis entre os dois grupos em termos de capacidade funcional (índice de 98,8 entre as atletas e 73,3 entre as sedentárias), dor (90,6 e 64,9, respectivamente), condição geral de saúde (86,8 contra 66,8), vitalidade (86,2 contra 67,3), características emocionais (89,6 e 60,0) e saúde mental (84,3 e 68,3). Uma das principais diferenças foram os sintomas de depressão, praticamente ausentes entre as atletas. 

"Os dados têm limitações, porque se trata de um grupo bastante especial. Essas mulheres mantiveram atividades físicas regulares por longo tempo e estão treinadas e preparadas. Isso não ocorre com a maior parte das pessoas dessa faixa etária, principalmente as mulheres, que antes estavam culturalmente destinadas ao sedentarismo. Mas os resultados direcionam o olhar para uma linha de pesquisa que pode ser muito interessante", disse Garcez-Leme. 

De acordo com o cientista, a pessoa sedentária é definida internacionalmente como aquela que consome menos de 500 quilocalorias semanais em atividades físicas, energia que equivale aproximadamente à despendida em meia hora de exercícios. A atividade física intensa para idosos tem benefícios e riscos, de acordo com Garcez-Leme. Ela melhora a condição de performance cardíaca, o estado de humor, a condição muscular e diminui o risco de osteoporose. 

Por outro lado, traz riscos de lesões musculares, fraturas por estresse e alterações na pressão arterial. "Vimos que as atletas de alta performance têm uma excelente qualidade de vida. Mas é importante dizer ao indivíduo maduro que a atividade física tem que ser acompanhada e bem orientada".


* Artigo retirado do site Segmento Farma

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Volta às aulas: mochilas podem se transformar em vilãs para a saúde

Nesta volta às aulas, confira artigo que fala sobre os cuidados na hora de arrumar as mochilas, que podem se tornar vilãs para a saúde do seu filho:

Cuidados na hora de arrumar a mochila
Encapar os novos livros, arrumar os inúmeros lápis e canetas coloridos nos estojos, colocar nome nos cadernos, enfim, a lista de itens a cumprir quando o assunto é material escolar é imensa.

Na ansiedade pelo começo de um novo ano letivo e estrear o material escolar, as crianças costumam querer levar tudo de uma vez para a escola: caderno de Português, Matemática, Ciências, Desenho, canetinhas, lápis de cor, giz de cera, livros... e, claro, acabam não usando todo esse material no mesmo dia.

Pois saiba que todas as crianças e adolescentes que carregam mochilas pesadas colocam a saúde em risco. Você sabia, por exemplo, que o excesso de peso em mochilas pode comprometer até mesmo o crescimento?

Isso mesmo. Quando usada com muito peso, a mochila pode ocasionar diversas lesões musculares, problemas crônicos de má postura e até levar a desvios posturais graves como a escoliose acentuada, por exemplo. Além disso pode provocar sérios problemas de crescimento ósseo, o que coloca em risco o desenvolvimento.

Amigos e a escola
Dores nas costas, baixo rendimento e irritabilidade durante as aulas, são sintomas que podem estar relacionados com o excesso de peso das mochilas. Mesmo que a criança não sinta nada, o uso de mochilas inadequadas ou com peso superior ao permitido acarreta lesões gradativas, e que, na certa, o problema surgirá mais tarde.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mostram que cerca de 85% dos brasileiros sentem dores na coluna, e, o principal motivo deste incômodo pode estar relacionado aos maus hábitos da infância, como este de levar diversos materiais para a escola sem necessidade, por exemplo.

Então será que, na hora de arrumar a mochila, vale a pena deixá-la tão pesada e correr o risco de adquirir tantos problemas de saúde?

Em busca do padrão ideal
A Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica recomenda que o peso da sua mochila esteja entre 10% e 20% do seu peso corporal. Esse percentual nunca deve ser ultrapassado. Também orienta-se que organizar a mochila utilizando todos os seus compartimentos, de modo que os objetos mais pesados se encontrem no centro dela e mais próximos das costas, é uma forma de prevenir possíveis problemas.

Todas as mochilas devem ter duas alças largas e acolchoadas. E as duas precisam ser utilizadas. Nada de usar apenas uma, pois esse mau hábito faz com que o peso não seja distribuído de maneira uniforme. Observe também se a mochila é proporcional ao tamanho da criança. Lembre-se que o fundo da mochila deve ficar apoiado na curva lombar da coluna, ou seja acima do bumbum, e nunca pode estar a mais de 10 cm abaixo da região da cintura.

Se a opção for a mochila de rodinhas, que é mais indicada para evitar que o peso do material escolar seja carregado nas costas, o cuidado deve ser com o comprimento do puxador. A coluna deve ficar retinha e não curvada para alcançá-lo. Um puxador mal regulado pode sobrecarregar os joelhos e o quadril e isso pode provocar inflamações ou dores no período de crescimento.

Dicas para a saúde
- Carregar somente o necessário;
- Alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental devem conversar com a professora para organizarem a distribuição das matérias durante a semana. Assim fica mais fácil arrumar melhor o material e distribuir o que deve ser levado à escola em cada dia;
- Para alunos do 6º ano em diante, é só verificar os horários de aulas e levar os livros apenas para a aula do dia;
- Evite cadernos de espiral grosso, com muitas folhas. Tente optar por cadernos individuais para cada matéria, assim como com os livros. Leve-os apenas no dia da respectiva aula,
- Dê preferência às mochilas de rodinhas, sendo possível assim retirar a sobrecarga das costas;
- Procurar um ortopedista para avaliar como está o crescimento e a formação da coluna e do corpo como um todo.

(Noticia retirada do site Idmed: Escrito por Dra. Lucia Ferro)

terça-feira, 16 de março de 2010

Consumo de carne vermelha pode aumentar risco de câncer de mama

O consumo de carne vermelha está fortemente associado ao risco elevado para câncer de mama, confirma um artigo publicado no Archives of Internal Medicine. A conclusão é mais um subproduto da análise dos dados fornecidos pelo Nurse's Health Study II , um dos maiores estudos prospectivos sobre saúde feminina já realizados no mundo. 

De origem norte-americana, o NHS reúne um universo de 116.671 enfermeiras, cujos hábitos de vida e o histórico médico vêm sendo acompanhados desde 1989. A análise sobre o consumo de carne vermelha e o risco de câncer incluiu apenas mulheres na pré-menopausa, um contingente de 90.659 indivíduos. 

Pesquisas anteriores já sugeriam a associação entre o consumo de carne vermelha e o câncer de mama, mas além de restritas ao universo de mulheres na pós-menopausa, não levavam em consideração a expressão de receptores hormonais.

As enfermeiras em pré-menopausa que forneceram informações sobre seus hábitos alimentares e estilo de vida, além de histórico médico, foram observadas ao longo de 12 anos. Neste período, 1021 desenvolveram câncer invasivo de mama. A associação entre o maior consumo de carne vermelha e a incidência de cânceres de mama foi observada em tumores positivos para receptores de estrógeno e progesterona (ER+/PR+) e não em tumores negativos para esses receptores.

Os cânceres de mama são classificados atualmente segundo a expressão ou ausência da expressão de receptores hormonais. A classificação tem implicações no prognóstico e tratamento da doença, uma vez que apenas os pacientes com tumores que expressam os receptores (ER+/PR+) obtêm algum benefício da terapia adjuvante com hormônios (hormonioterapia). Enquanto a incidência de tumores receptores-negativos (ER-/PR-) tem permanecido praticamente constante, a de tumores positivos para os receptores hormonais está aumentando, principalmente em mulheres de meia-idade. Estudos epidemiológicos mostram uma associação entre estes últimos e fatores de risco relacionados a hormônios como nuliparidade, menarca precoce, maior índice de massa corpórea e uso de contraceptivos orais.

Vários mecanismos biológicos poderiam estar envolvidos na relação entre o consumo de carne vermelha e o câncer de mama do tipo ER+/PR+. Em primeiro lugar, a carne cozida ou processada é fonte de substâncias carcinógenas como a aminas heterocíclicas (veja nota sobre hábitos de vida) e os componentes N-nitrosos e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos. A utilização de hormônios de crescimento na alimentação do gado, prática que é proibida nos países europeus mas não nos Estados Unidos, pode estar relacionada ao aumento dos casos de tumores positivos para os receptores hormonais. O consumo de gordura de um modo geral também é associado com o aumento nos níveis de hormônios esteróides, em particular o estrógeno e a progesterona.

* Artigo retirado do site SegmentoFarma
**Fonte: Cho, Eunyoung ScD et al. Read Meat Intake and Risk of Breast Cancer Among Premenopausal Women. Arch Intern Med. 2006 Nov 13;166(20):2253-9

terça-feira, 2 de março de 2010

Doenças que atrapalham a vida sexual

Quando não é seguro, o ato sexual pode provocar uma série de doenças, dentre elas a Aids. Até aí nenhuma novidade. Pouco se fala, no entanto, das diversas doenças que atrapalham e que, em alguns casos, chegam a impedir o sexo. Porém, qualquer doença debilitante diminui o desejo sexual. Com dor ou doente, dificilmente uma pessoa tem vontade de transar. Sejam de natureza clínica ou de ordem emocional, como a depressão, que chega a atingir 25% das pessoas com mais de 60 anos, são muitas as doenças que contribuem para esfriar a vida sexual.

Qualquer tipo de má alimentação provoca anemia e debilidade no organismo, tirando completamente a vontade de fazer sexo. Um simples exame de sangue para detectar a quantidade de hemácias pode curar um caso de inapetência sexual, ajudando a salvar um relacionamento. A mais óbvia de todas as doenças que comprometem o desempenho na cama é a disfunção erétil, que, em menor ou maior grau, atordoa a vida da metade dos homens. A disfunção erétil pode ser o primeiro sinal de um problema cardíaco conhecido ou não pelo paciente. Devido à obstrução dos vasos na região do pênis, o sangue não consegue endurecê-lo.

O que dizer então dos vasos do coração? Portanto uma disfunção erétil, principalmente entre sedentários e obesos, é um alerta para proceder a um exame cardiológico, partindo depois então para uma avaliação com um sexólogo.

Pessoas com obesidade também costumam relatar empobrecimento sexual, ainda mais quando está associada ao diabetes, que acomete mais de 7 milhões de pessoas no Brasil e que deve atingir, segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 11,3 milhões em 2030.

Mulheres com diabetes costumam ter problemas de fungo e corrimento crônico de aspecto leitoso pela alteração do meio vaginal, causando feridas e lacerações, impedindo o coito pela dor causada. O homem deve também ser tratado para evitar recontaminação da parceira. Alterações no funcionamento da tireoide, muito comuns em mulheres na idade da menopausa, costumam acometer de 1% a 3% da população, diminuindo a libido pelo aumento de um hormônio chamado prolactina. Um simples exame de sangue é o suficiente para o diagnóstico e o tratamento.
Outro constrangimento sexual muito comum é a halitose (mau hálito), que atinge aproximadamente 40% da população brasileira, causada pela má escovação dos dentes, sendo provocada por bactérias resultantes de resíduos alimentares, podendo ocorrer também por acidez estomacal ou mesmo ansiedade.

A artrose, doença degenerativa que atinge quase a totalidade das pessoas acima dos 70 anos, costuma render muitos casos de problema na cama, pois quem desenvolve artrose de quadril costuma se queixar de dores na virilha, manca como se uma perna estivesse mais curta do que a outra, passa a ter dificuldades de se movimentar e até em realizar tarefas simples, como calçar meias e sapatos. O ato sexual pode ficar comprometido por causa da limitação dos quadris.

Portanto, para uma vida sexual saudável e alegre, é necessário desde cedo investir na saúde, realizando um exame médico completo anual, pois assim sua vida sexual se prolongará mais.

* artigo escrito Escrito por Dr. Amaury Mendes Junior, publicado no site IdMed

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Transtornos alimentares


“Por reviravolta completa, o corpo trasforma-se em um objeto ameaçador que é preciso vigiar, reduzir e mortificar para fins estéticos, com os olhos fixos nos modelos emagrecidos e descartados de Vogue, onde é possível decifrar toda a agressividade inversa de uma sociedade da abundância em relação ao próprio triunfalismo do corpo e de toda recusa veemente dos próprios princípios.” (Baudrillard, 1991)

“O conceito de beleza é virtual. Os indivíduos como seres sociais sentem-se pressionados a corresponder ao “padrão” de beleza da sua cultura – que é exaustivamente apontado pela mídia. Algumas pessoas, nesse caminho, elegem o corpo como único representante de si mesmas e o controle de peso como forma de viver, não percebem o quão tirânica a beleza pode ser e, diante de um universo de possibilidades como ser humano, deixam de acreditar em si em nome de um modelo que será sempre inexistente.” (Roso, 1993)

“Essa tirania pode levar a quadros patológicos definidos: transtornos alimentares. Indivíduos que se encontram nessa categoria, em associação à procura do corpo ideal, procuram exaustivamente as dietas de emagrecimento. Buscando esse novo ideal de corpo e adequação a nova realidade alimentar, algumas pessoas chegam aos extremos, como no caso dos transtornos alimentares. A ciência da nutrição tem procurado acompanhar essas mudanças na alimentação e atualizar princípios e recomendações para uma dieta saudável.”

Fonte: Transtornos alimentares – Uma Visão Nutricional, Sonia Tacunduva Philippi, Marle Alvarenza, Editora Manole - 2004

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Transplante de células-tronco da medula dá vida nova a pacientes com esclerose múltipla


Após cirurgia, doentes crônicos voltaram a fazer tarefas cotidianas, aponta pesquisa da USP

Pacientes com esclerose múltipla que se submeteram ao transplante de células-tronco hematopoiéticas (produzidas pela medula óssea) puderam voltar a sonhar com um futuro promissor.

Essa é a constatação do psicólogo Fábio Augusto Bronzi Guimarães, que avaliou a qualidade de vida desses pacientes antes e depois do tratamento, em sua dissertação de mestrado pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto. As informações foram divulgadas na agência de notícias da USP (Universidade de São Paulo).

A esclerose múltipla é uma doença autoimune, em que o sistema imunológico passa a ter uma hiperatividade, atacando o sistema nervoso central, causando inúmeros problemas em quase todas as funções motoras.

- É uma doença crônica e debilitante, afirma Guimarães.

O tratamento convencional, feito com imunossupressores e imunomoduladores, em casos mais graves não costuma surtir os efeitos esperados e a doença evolui. E isso automaticamente influencia a qualidade de vida dos doentes.

- A qualidade de vida é um bom indicador do impacto que a esclerose múltipla causa na vida da pessoa, assim como o impacto do tratamento para o paciente, ressalta o psicólogo.

Já o tratamento com células-tronco é agressivo. Primeiro, os médicos retiram as células-tronco da medula óssea e aplicam uma carga intensa de quimioterápicos, para destruir a medula que não funciona adequadamente. Por último, faz-se o transplante das células-tronco saudáveis, para que a nova medula funcione normalmente.

Entrevistas

Na pesquisa, Guimarães utilizou uma amostra de 34 pacientes, todos internados no HCFMRP, aplicando um método híbrido de pesquisa, sendo uma parte quantitativa e outra qualitativa. As informações foram coletadas por meio de perguntas feitas diretamente aos pacientes, e não por meio de prontuários e entrevistas com médicos responsáveis, tendo, portanto, um caráter mais subjetivo.

Eles foram entrevistados em três momentos: no pré-transplante, no pós-transplante imediato (30 dias após) e no pós-transplante tardio (um ano após).

As entrevistas revelaram que, após o transplante, uma maioria de pacientes reconheceu a evolução da saúde com o tratamento, conseguindo realizar pequenas tarefas do cotidiano. Uma minoria, porém, se demonstrou insatisfeita, pois tinham uma grande expectativa de melhora, mesmo com algumas evoluções e cessação de sintomas.

Nas entrevistas tardias (após um ano), Guimarães constatou que uma maioria de pacientes passou a sonhar novamente com um futuro mais promissor e retomaram antigos projetos.
- As relações com familiares e amigos ficaram mais fáceis após o transplante, muitas amizades afastadas foram retomadas, conta.

Laboratórios privados vão oferecer vacina contra H1N1 a partir deste mês


Pagar pela vacina é alternativa para quem não faz parte dos grupos prioritários

A partir da segunda quinzena de fevereiro, laboratórios de análises clínicas de São Paulo (SP), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ) e Fortaleza (CE) já disponibilizarão a vacina contra a gripe suína. O preço da dose não está definido, mas alguns laboratórios pretendem vendê-la a até R$ 60.

A procura pelo serviço pago pode ser uma alternativa de imunização para aqueles que não fazem parte de nenhum dos grupos que serão vacinados gratuitamente no Brasil a partir de 8 de março pelo SUS (Sistema Único de Saúde), ou seja, crianças de 3 a 19 anos e adultos de 30 a 59 anos.

No programa de vacinação público, criado pelo Ministério da Saúde, serão contemplados primeiro os trabalhadores da área de saúde, indígenas, pessoas com doenças crônicas, gestantes, crianças entre seis meses e dois anos, adultos de 20 a 29 anos e maiores de 60 anos, nesta ordem. Veja as datas de vacinação abaixo.

Em discurso no último dia 26 de janeiro, dia da divulgação do cronograma de vacinação, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, autorizou a comercialização de vacinas contra H1N1 por clínicas privadas no país, desde que priorizem os grupos de risco.

No entanto, quem optar pela vacinação paga dos laboratórios, fora o inconveniente de por a mão no bolso, terá o benefício de não precisar seguir o cronograma do governo, podendo ser vacinado após o pagamento.

Vacina: 90% de eficácia

Os laboratórios Delboni Auriemo e Lavoisier, em São Paulo (SP), Frischmann Aisengart Medicina Diagnóstica, em Curitiba (PR), Lâmina Medicina Diagnóstica, no Rio de Janeiro (RJ), e o Lab Pasteur, em Fortaleza, no Ceará, disponibilizarão a vacina contra a gripe suína, composta por cepas do vírus H1N1 pandêmico e outros dois tipos que circulam no hemisfério sul, um “A” e um “B”, a partir da segunda quinzena de fevereiro.

Com essa composição, a vacina estará adequada a todas as faixas etárias, de crianças menores de 5 anos a idosos, incluindo os grupos que estavam de fora do cronograma de vacinação do governo. A dose poderá custar de R$ 50 a R$ 60.

Segundo o médico sanitarista Ricardo Cunha, responsável pela área de vacinas da DASA (empresa responsável pelos laboratórios citados), “a vacinação apresenta até 90% de eficácia e é indicada para todas as pessoas com idade superior a seis meses de idade e deve ser aplicada anualmente, já que o vírus sofre mutações”.

O médico indica a vacina a gestantes somente a partir do terceiro mês da gravidez, sempre com orientação médica. As reações mais comuns, que atingem entre 10% e 20% dos vacinados, são dor e no local da aplicação, mas os sintomas desaparecem espontaneamente entre 24 e 72 horas após receber a dose, segundo Cunha.

A vacina não é indicada para pessoas com alergia comprovada à proteína do ovo, já que a produção é a partir de embriões de galinha.

A DASA não confirmou a data exata do começo da vacinação em seus laboratórios, mas informou que o serviço não precisará ser agendado. Quem quiser se vacinar bastará comparecer aos endereços dos laboratórios em horário comercial e pagar a taxa no local.

Governo tem prioridade no estoque

O laboratório Fleury Medicina e Saúde, de São Paulo, também já está em negociação com as farmacêuticas Sanofi Pasteur e GSK (Glaxo Smith Kline), produtoras das vacinas autorizadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para começar a vacinação contra o H1N1 no início de março. Segundo o infectologista Celso Granato, assessor médico para doenças infecciosas do laboratório, o foco da negociação é conseguir um número de doses suficiente para disponibilizar o serviço.

- Temos a intenção [de vacinar contra o H1N1] e estamos em contato com os produtores de vacina. Mas a informação é de que a prioridade é para o estoque do governo.

Granato não informou de quanto será o preço da dose no Fleury, mas afirmou que haverá uma triagem no laboratório para saber se as pessoas estarão aptas a tomar a vacina.

De acordo com o diretor da Associação Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, não há confirmação se as farmacêuticas produtoras fecharão contratos de venda com muitos laboratórios de exames clínicos pelo país, o que não garante grande oferta de vacinas para as pessoas em geral.

- Há um problema mundial de abastecimento [de vacinas contra H1N1]. No Brasil, já chegou uma grande quantidade para uso público e há licença para a venda, mas depende dos laboratórios quererem ou não trazer as vacinas.

Quem não quiser pagar

Para quem não pretende pagar para se vacinar, esperar pela disponibilidade do serviço público pode ser uma opção sem grandes riscos. Segundo o infectologista Celso Granato, quanto mais pessoas se vacinarem, menor será a circulação do vírus, diminuindo a probabilidade de contágio.

- Se um número razoável de pessoas for vacinada, você vai interferir na circulação do vírus na comunidade. Então, mesmo que não se vacine todo mundo, as pessoas que não receberem a vacina vão se beneficiar pela imunização de outras pessoas que estarão menos suscetíveis [à infecção do vírus].

Veja as datas de vacinação pelo SUS

De 8 a 19 de março: todos os trabalhadores de saúde do setor público e privado, área de limpeza, recepcionistas, motoristas de ambulância e toda a população indígena.
De 22 de março a 2 de abril: população com doenças crônicas (diabetes, doenças renais, hepáticas, respiratórias e obesidade), exceto os idosos, crianças entre 6 meses e dois anos.
De 22 de março a 21 de maio: gestantes.
De 5 a 23 de abril: adultos de 20 a 29 anos.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Ortopia - Corrigindo a Postura ao Sentar

Utilizando um avançado equipamento de ressonância magnética, pesquisadores do Hospital Wooden, em Aberdeen, Escócia, chegaram à conclusão de que a melhor maneira de se evitar a lombalgia (dor nas costas) não é sentar-se com a coluna reta mas com o encosto da cadeira na posição reclinada 135 graus para trás. O estudo, liderado por Wassem Amir Bashir, da Universidade Hospital Alberta, no Canadá, foi apresentado durante o encontro anual da Radiological Society of North America, no final do mês de novembro.

A pesquisa incluiu 22 voluntários que não apresentavam história de lombalgia ou de cirurgias prévias. Eles tiveram a coluna lombar examinada em um avançado sistema de ressonância magnética que permite a captação de imagens em movimento. Os voluntários experimentaram três posições diferentes ao sentar: com a coluna inclinada para frente, em um ângulo menor ou igual a 70 graus; com a coluna ereta a 90 graus; com a coluna reclinada para trás 135° e os pés apoiados no chão. Os pesquisadores mediram os ângulos assumidos pela coluna, a altura do disco intervertebral e sua movimentação nas diferentes posições.

Quando a força exercida pelo peso corporal é aplicada sobre a coluna ocorre movimentação do disco intervertebral, causando o deslocamento do núcleo pulposo (material interno do disco). Esse deslocamento é maior na posição inclinada, com a coluna a 90 graus e menor na posição reclinada a 135 graus, indicando que menos força é aplicada na coluna lombar, músculos e tendões na posição mais relaxada. A posição inclinada para frente revelou redução importante na altura do disco intervertebral, principalmente nos dois níveis mais baixos, o que pode levar ao desgaste e até possíveis rompimentos dos discos.

É evidente a relação entre postura ao sentar e dores nas costas. De acordo com a British Chiropractic Associaton, as pessoas passam mais de dez horas sentadas por dia, em média. Dois terços dos habitantes de centros urbanos chegam em casa à noite após o trabalho e sentam-se de novo. Com base no estudo Baschir e equipe advertiram que para diminuir a ocorrência de lombalgias é preciso corrigir a postura sentada, utilizando para tanto uma cadeira que permita o posicionamento ideal de 135 graus.

Fonte: Bashir W. A. et al.The way you sit will never be the same! Alterations of lumbosacral curvate an intervertebral disc morphology in normal subjects in variable sitting positions using whole-body positional MRI. Radiological Society of North América Annual Meeting, 2006. Session: Musculoskeletal (Intervertebral Disks: Diagnosis an Intervention).

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Notícia da área de Nutrição!

Há poucos meses foi concluído o Consenso Nacional de Nutrição Oncológica. O chefe do Serviço de Nutrição – Nutricionista Dr. Nivaldo Barros de Pinho do INCA/HCI foi o facilitador Nacional.

O Consenso Nacional em Nutrição Oncológica (CNNO) foi indealizado em 2004 pelo Serviço de Nutrição e Dietética do Instituto Nacional do Câncer (INCA) com o objetivo de uniformizar a terapia e a assistência nutricional aos pacientes oncológicos, garantindo equidade e qualidade a indivíduos com câncer no Brasil.

Entre os meses de maio e junho de 2008, foram realizados os Fóruns Regionais e elaboradas 334 propostas, que envolveram termos relacionados à assistência nutricional a pacientes oncológicos pediátrico e adulto, nas diferentes fases da doença e tratamento.

Os temas abordados foram Avaliação Nutricional, Recomendações Nutricionais, Terapia Nutricional, Seguimento Ambulatorial e Sinais e Sintomas causados pela Terapia Antitumoral, em pacientes submetidos à cirurgia, quimioterapia e radioterapia e em cuidados paliativos.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Estresse e Câncer


O estresse emite sinais que fazem com que células desenvolvam tumores, indica uma pesquisa feita por um grupo de cientistas da Universidade Yale, nos Estados Unidos, e publicado na revista Nature.

O grupo liderado por Tian Xu, professor e vice-presidente do conselho de genética de Yale, mostrou que mutações que causam câncer podem atuar em conjunto para promover o desenvolvimento de tumores mesmo quando localizados em diferentes células em um mesmo tecido.

O estudo descreve uma nova maneira pela qual o câncer age no organismo e aponta novos caminhos para combater a doença. Até agora, a maioria dos cientistas estimava que uma célula precisava de mais de uma mutação que causa câncer para que os tumores se desenvolvessem.

"A má notícia é que é muito mais fácil para um tecido acumular mutações em células diferentes do que em uma mesma célula", disse Xu, que também é pesquisador do Instituto Médico Howard Hughes e da Universidade Fudan, na China.

Rascunho genético
O grupo trabalhou com moscas-das-frutas (Drosophila melanogaster) para analisar as atividades de dois genes conhecidos pelo envolvimento no desenvolvimento de tumores no homem.

O primeiro é o chamado RAS, que já se mostrou envolvido em 30% dos cânceres. O outro é o gene scribble ("rascunho"), que contribui para o desenvolvimento de tumores quando sofre mutação.

O grupo de Xu anteriormente havia demonstrado que uma combinação dos dois genes na mesma célula desencadeava a formação de tumores malignos. Mas, agora, os pesquisadores verificaram que as mutações não precisam coexistir na mesma célula para isso.

Uma célula com apenas a mutação RAS é capaz de se desenvolver em um tumor maligno se auxiliada por uma célula próxima que contenha um gene scribble defeituoso.

Estresse que causa câncer
Em seguida, os pesquisadores observaram que condições estressantes, como uma ferida, podem disparar o desenvolvimento do câncer. Por exemplo, células RAS se desenvolveram em tumores quando um ferimento foi induzido em um tecido.

O mecanismo por trás do fenômeno, segundo os pesquisadores, é um processo de sinalização conhecido como JNK, que é ativado por condições de estresse.

"O problema é que diversas condições podem disparar a sinalização de estresse, seja o estresse físico ou emocional, infecções ou inflamações", ressaltou Xu.

Mas, apesar de o estudo indicar que é ainda mais fácil do que se estimava para que o câncer se desenvolva, ele também, de acordo com os autores, ajuda a identificar novos alvos para o desenvolvimento de novas formas de prevenção e tratamento da doença.

Fonte: Texto Mutações Conjuntas, retirado da Agência Fapesp

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

AVC - Acidente Vascular Cerebral

O derrame cerebral ou AVC (Acidente Vascular Cerebral) é a causa de 30% das mortes no Brasil. Ele acontece quando uma artéria se obstrui por um coágulo de sangue, formado no coração ou em outro local do corpo, ou pela formação de depósitos de gordura ou endurecimento nas paredes de uma ou mais artérias do cérebro. Quando uma artéria do cérebro se obstrui, ele é considerado isquêmico. 

Quando se rompe, hemorrágico. Outros derrames são produzidos quando há uma ruptura das artérias, quando as paredes dos vasos sanguíneos estão frágeis em algumas áreas, especialmente quando se forma uma dilatação anormal nas paredes vasculares, chamadas aneurismas. Mais raramente, um AVC pode ser causado por uma queda abrupta e severa da pressão arterial, como durante grandes cirurgias, arritmias cardíacas graves ou até pós-parada cardíaca.

Os principais fatores de risco são histórico familiar, pressão arterial, acúmulo de gordura no sangue (colesterol e trigligerídeos), doenças cardíacas, diabetes, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e uso de pílulas anticoncepcionais.

Os sintomas dependem do tipo de AVC (isquêmico ou hemorrágico) e são perda sensitiva (dormência de um braço ou de uma perna), fraqueza ou perda de força muscular, alterações da memória ou fala, perda de equilíbrio ou coordenação motora, dor de cabeça, distúrbios visuais, convulsões e sintomas com início súbito. Esses sintomas geralmente são abruptos, repentinos, isolados, mas podem ocorrer em conjunto.

O melhor tratamento, reconhecido em todo o mundo, é feito com uma injeção que “dissolve o coágulo”. Este tipo de medicamento só pode ser utilizado até três horas do início dos sintomas. Quando se perde esta fase inicial, ainda se pode utilizar esses medicamentos via cateterismo, injetando-os diretamente no cérebro. Após este período ainda pode-se tratar o paciente, porém, com resultados não tão promissores. Por isso é importante levar o paciente a um serviço especializado o mais rápido possível.

Não há faixa etária específica em que a doença se manifesta mais comumente. Em geral, nos pacientes muitos jovens, pode ocorrer o tipo hemorrágico, por má formação das paredes dos vasos do cérebro, formando aneurismas que podem se romper. Em geral são mais comuns após os 40 anos, mas não é um dado absoluto. O que se sabe são os fatores que estão envolvidos no processo da doença e que têm muitas variáveis. Mas esses são fatores predisponentes e, se controlados, têm o risco diminuído.

Após o AVC isquêmico e não tratado rapidamente, pode haver déficit motor e sensitivo nas áreas afetadas correspondentes à artéria acometida no cérebro. O indivíduo pode ter dificuldade de locomoção, fala e entendimento, e alterações de sensibilidade. No tipo hemorrágico, pode ser fatal ou ter consequências mais graves, como o coma.

O AVC é uma doença grave e, apesar dos tratamentos oferecidos nos hospitais especializados, a prevenção ainda é o melhor recurso. A prevenção é feita conhecendo e controlando os fatores de risco. Se diagnosticada alguma dessas patologias, deve-se fazer o controle corretamente. Sendo prescrita medicação, nunca deve ser interrompida ou modificada, salvo pelo médico.

Os check-ups periódicos podem identificar o risco da doença, principalmente os fatores de risco e doenças associadas e predisponentes. Essas doenças, se tratadas adequadamente, em tempo e acompanhadas por médicos afastam o risco, Trata-se de uma doença muito grave e, apesar dos tratamentos oferecidos nos hospitais especializados, vale reforçar que a prevenção é ainda a melhor arma.

Fonte: Texto "Como combater o AVC?", escrito por Dra. Lise Bocchino, retirado do site IdMed
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